Como proteger sua operação e reputação diante da inevitabilidade dos ataques cibernéticos

23 de abril de 2025
23 de abril de 2025 whiendlmayer

Como proteger sua operação e reputação diante da inevitabilidade dos ataques cibernéticos

Como proteger sua operação e reputação diante da inevitabilidade dos ataques cibernéticos

 

Em um mundo onde as fronteiras digitais se tornam mais difusas a cada dia, os ataques cibernéticos já não são uma possibilidade, mas sim uma certeza. Redes abertas, ambientes híbridos, usuários remotos e aplicações descentralizadas criaram um ecossistema onde a segurança não pode mais ser tratada como um produto, mas como uma estratégia de negócio contínua.

A pesquisa da Checkpoint Research, do terceiro trimestre de 2024, aponta que o Brasil registrou um aumento de 95% no volume de ataques cibernéticos, com mais de 2,7 mil ocorrências semanais. O dado não é apenas alarmante, é um reflexo de como a estrutura de segurança digital ainda é insuficiente frente à sofisticação das ameaças. Além disso, comparado a outros países, o custo de soluções tecnológicas de ponta no Brasil é alto, impactando significativamente o percentual de investimento destinado à cibersegurança.

Diante disso, não há uma granularidade elevada de soluções para a maior parte das empresas, fazendo com optem por alternativas simplificadas, ou mesmo pela ausência de um sistema, caso a alternativa adequada esteja fora do orçamento. Como consequência, abre-se espaço para ataques nesses ambientes com baixa complexidade de proteção.

Essa realidade evidencia a necessidade de pensar em segurança mínima viável, com soluções ajustadas à maturidade tecnológica e à realidade financeira de cada operação. Mesmo que não impeçam todas as ameaças, essas barreiras reduzem a superfície de ataque.

Vulnerabilidades: de onde vêm as invasões?

Atualmente, os softwares estão calibrados com as demandas usuais de segurança, porém, em casos como novas aplicações, por exemplo, há a necessidade de criação de uma solução para atender às necessidades específicas. Nessas circunstâncias, cria-se um cenário propício para invasões, visto que uma pequena janela temporal é criada, geralmente de horas ou um dia, para o desenvolvimento dessa nova estrutura.

Neste contexto, as invasões podem ser consideradas como internas ou externas. Ataques internos costumam ser mais perigosos, dado que a exploração parte de vulnerabilidades conhecidas da organização. Nestes casos, as barreiras do primeiro nível de acesso já foram quebradas, causando consequências mais críticas devido à sensibilidade das informações buscadas.

Atendendo à essa atuação, as empresas, frequentemente, contratam um Red Team, um tipo de hacking ético executado por um time de analistas que conhecem a segurança da organização e emulam as tácticas e técnicas de invasores reais. Ao mapear as fraquezas dos sistemas, esses especialistas auxiliam o time de TI no reforço das defesas específicas.

Por outro lado, os ataques cibernéticos externos são, geralmente, mais fáceis de serem controlados, principalmente em empresas com escritórios físicos, visto que essa segurança apresenta poucas camadas por depender quase que exclusivamente do dispositivo, dado que grande parte das estruturas de segurança se concentravam em um firewall de perímetro. Contudo, a pandemia acelerou a descentralização dos escritórios e escancarou uma nova necessidade: proteger não apenas o perímetro, mas todo o ecossistema digital, incluindo endpoints, conexões em nuvem e fluxos de dados distribuídos.

Essa nova demanda de segurança precisa ser acompanhada por soluções personalizadas de acordo com as particularidades de cada caso, como as desenvolvidas aqui na heimr. A resiliência precisa estar no centro da estratégia e a segurança efetiva não é apenas aquela que previne ataques, mas aquela que mantém a operação durante a crise. Mas é importante reiterar que, mesmo com essas aplicações, invasões são inevitáveis. E cabe às empresas adotar uma estrutura que garanta a segurança dos dados durante os ataques.

A paralisação das operações e o vazamento de dados são as duas maiores preocupações durante ofensivas. No curso dessas ações, além de um sistema preditivo eficiente, é necessário possuir uma estrutura de alta disponibilidade, capaz de isolar ou comprometer uma parte dessa composição sem permitir que o serviço deixe de operar.

Segurança também é reputação

Um ataque bem-sucedido pode não apenas comprometer sistemas, mas destruir valor de marca, minar a confiança de clientes e abalar a credibilidade da operação. Em um mercado competitivo e hiperconectado, a reação à ameaça é tão importante quanto a prevenção. Por isso, soluções que garantam suporte durante o ataque são tão estratégicas quanto firewalls ou antivírus. A resposta estruturada à crise pode definir a sobrevivência e o futuro da empresa.

Por fim, a cibersegurança não pode ser delegada exclusivamente à TI. Ela precisa permear a cultura, os processos e o mindset de toda a organização. Interoperabilidade entre sistemas, comunicação entre áreas, visibilidade em tempo real e decisões baseadas em risco são elementos que formam a base de uma estrutura resiliente.

Na heimr, acreditamos que proteger é mais do que blindar, é garantir que mesmo diante do inevitável, sua empresa continue operando com confiança e controle.